Os trabalhadores da educação decidiram não dar início a primeira greve deste ano. A decisão foi tomada durante uma assembleia geral realizada na tarde de segunda-feira (13/01). Porém, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso, Henrique Lopes, antecipou que uma paralisação está prevista para daqui a dez dias.
“Nós decidimos dar uma chance ao governo, para negociar com o governo, por isso demos um prazo de até o dia 23, em que iremos realizar uma paralisação, caso não sejamos atendidos”, declarou Henrique.
A principal reivindicação da categoria é quanto aos contratos temporários que foram encerrados em dezembro do ano passado, porém, os professores retornaram às salas de aula neste mês de janeiro. Para os professores, o retorno não tem respaldo contratual e que é necessário que o governo ou estenda o contrato anterior, ou dê início a um novo certame.
Em contrapartida, a Secretaria de Educação do Estado (Seduc), afirma que as aulas lecionadas durante o mês de janeiro, fazem parte da reposição das aulas do ano anterior, quando o sindicato desencadeou uma greve que durou mais de 60 dias. Ainda conforme a Seduc, não houve corte na folha de pagamento e os professores receberam durante a paralisação. O contrato dos professores é renovado a cada dez meses.
Além da paralisação agendada para o próximo dia 23, o sindicalista declarou que um segundo protesto também está marcado para o dia 31, caso ainda não tenha uma resposta do governo. Caso durante esse período o governo e a categoria não entrem em um acordo, uma assembleia geral será realizada no dia 10 de fevereiro, ocasião em que uma nova greve na educação poderá ser deflagrada.
Fonte: Olhar Direto